São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Jogador é suspeito de matar juiz no PR

ROBERTO SAMORA
DA AGÊNCIA FOLHA

O caminhoneiro Walmir da Silva, 34, que apitava um jogo de várzea em Cambé (400 km a noroeste de Curitiba), no Paraná, foi morto à queima-roupa com cinco tiros, anteontem à tarde.
O assassinato aconteceu no intervalo da partida entre os times amadores Unidos do Ana Rosa e Jardim do Sol.
O jogador Alexandre Júlio da Rocha, 20, do Unidos do Ana Rosa, que havia sido expulso por Silva no primeiro tempo, é acusado de ter dado os tiros.
Segundo testemunhas, Rocha fez uma falta violenta em um jogador da equipe adversária e levou um cartão amarelo.
Em seguida, teria xingado o juiz. Então, Silva mostrou cartão vermelho e o expulsou do jogo.
Rocha saiu do campo sem reclamar da atuação do juiz.
Conversa
Quinze minutos depois, no intervalo da partida, Rocha teria voltado ao campo de jogo e chamado Silva para uma conversa.
Quando ambos estavam frente a frente, a cerca de três metros de distância, Rocha teria sacado um revólver, disparado cinco vezes no juiz e fugido.
Ele foi indiciado por homicídio qualificado (premeditado) pelo delegado titular de Cambé, Nasser Salmen, 33.
O delegado disse que pedirá a prisão preventiva do acusado, mas ainda estava aguardando que ele se apresentasse.
Vizinhos
Silva morava no mesmo bairro que Rocha, próximo ao campo onde foi realizada a partida entre o Unidos do Ana Rosa, time de Cambé, e o Jardim do Sol, de Londrina, cidade vizinha.
O caminhoneiro não era juiz profissional.
O delegado afirmou que desconhece a existência de qualquer desavença entre Silva e Rocha.
Mesmo assim, afirmou que precisará ouvir o depoimento dos parentes dos dois antes de chegar a uma conclusão definitiva.
A partida foi encerrada no intervalo, após o crime, quando o marcador estava 0 a 0.

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