São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
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Mostra reúne filmes do Egito, Marrocos, Argélia e Palestina Evento começa amanhã e vai até domingo, no Rio de Janeiro RONI LIMA
Inéditos no Brasil, os filmes da "Semana do Cinema Árabe" se dividem segundo os temas "A Busca da Identidade", "A Condição da Mulher", "A Imigração em Questão" e "A Criatividade e o Engajamento do Cineasta". Diretora do Departamento de Cinema e Audiovisual do Instituto do Mundo Árabe, em Paris, a egípcia Magda Wassef afirma que a mostra reflete a multiplicidade da civilização árabe-islâmica. "O cinema árabe é uno e múltiplo como o próprio mundo árabe. Uma história e uma língua comum ligam os árabes do Atlântico aos do Golfo Pérsico. Além disso, cada país possui sua própria história e sua própria cultura", diz. Com sessões às 16h30 e 18h30, a mostra abre amanhã com os filmes "Bab el-Oued City" (94), do argelino Marzak Allouache, e "Crônica de um Desaparecimento" (96), do egípcio Elia Suleiman. Exilado em Paris, Allouache fala da intolerância do fundamentalismo islâmico. Suleiman retrata a viagem de uma família em busca da identidade palestina. Na quarta, às 16h30, o egípcio Youssef Chahine aborda, no filme "Alexandria Ainda e Sempre" (90), sua criação e engajamento nos problemas políticos e sociais do Egito. Quinta, às 18h30, será exibido "A Múmia" (70), do egípcio Chadi Abdel Salam. Inspirado na descoberta de um esconderijo de múmias, discute a cultura de seu país. Na sexta, serão exibidos, às 16h30, 18h30 e 20h30, os filmes "Bonecas de Caniço" (83), do marroquino Jillali Ferhati, "O Pecado" (65), do egípcio Henri Barakat, e "Travessias" (80), do tunisiano Mahmoud Ben Mahmoud. Mostra: Semana do Cinema Árabe Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Primeiro de Março, 66, centro, tel. 021/216-0237) Quando: de amanhã a domingo Quanto: R$ 3 Texto Anterior: Bienal está de olho em Van Gogh e Matisse Próximo Texto: UBC quer revogar medida que impede Ecad de cobrar de clubes Índice |
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