São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Bill Clinton critica Israel por novas colônias em Jerusalém

Presidente dos EUA se encontra com líder Iasser Arafat

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse ontem que a decisão do governo de Israel de construir casas para judeus na parte oriental da cidade de Jerusalém é "geradora de desconfiança" e preferiria que ela não tivesse sido tomada.
A declaração foi feita antes da reunião que Clinton teve com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, para quem Israel quer "isolar" Jerusalém e estender sua influência até Belém, na Cisjordânia, que se encontra sob controle palestino.
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, anunciou que se inicia hoje a construção de 6.500 casas na colina de Jamal Abu Ghneim (Har Homa para os israelenses), no setor leste de Jerusalém, no caminho de Belém. Essa parte da cidade tem sido habitada por árabes e é vista por Arafat como futura capital de um eventual Estado Palestino.
Na sua primeira visita a Washington em quatro meses, Arafat fez elogios a Clinton, a quem definiu como "um construtor da paz" (no Oriente Médio). O presidente dos EUA não indicou se pretende pressionar Israel para impedir que as casas sejam construídas.
Arafat diz que a ação de Israel constitui violação dos acordos de paz assinados em 1993.
Greve geral
Em protesto contra os novos assentamentos, os palestinos realizaram ontem uma greve geral em Jerusalém oriental, Gaza, Hebron e outras cidades. O comércio, escolas e universidades ficaram fechados. Policiais da ANP exigiam que palestinos permanecessem em casa se não tivessem um bom motivo para estar nas ruas.

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