São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
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Veja onde Ramos atuou

Governos estaduais e Prefeitura de SP

- Alagoas
O governo de Divaldo Suruagy teria forjado uma lista de precatórios pendentes para aprovar uma emissão e é investigado pelo Senado e pela Assembléia Legislativa do Estado, que o ameaça com um impeachment. Um incêndio na Assembléia destruiu parte dos documentos das investigações feitas na Casa. O ex-secretário da Fazenda José Pereira de Souza teve os sigilos fiscal e bancário quebrados

R$ 301 milhões foi o valor total da emissão
R$ 69 milhões foram perdidos como deságio
R$ 14 milhões foram pagos como comissão ao Banco Maxi-Divisa/Perfil

- Santa Catarina
O governo comandado por Paulo Afonso Vieira teria falsificado documentos para solicitar uma emissão de títulos para pagar precatórios. O original e a cópia da ordem de serviço autorizando a emissão, sobre a qual há dúvidas a respeito da legitimidade, desapareceram. O governador também já admitiu ter usado parte do dinheiro arrecadado para outros fins

R$ 605 milhões foi o valor total da emissão
R$ 86 milhões foram perdidos como deságio
R$ 33,2 milhões foram pagos como comissão ao Banco Vetor/Perfil

- Pernambuco
Do total de títulos públicos emitidos para o pagamento de precatórios pelo governo de Miguel Arraes (PSB), pouco mais de 5% foram usados de fato para esse fim

R$ 99 milhões foram perdidos como deságio
R$ 26 milhões foram pagos como comissão ao Banco Vetor/Perfil e ao Bandepe
R$ 502 milhões foi o valor total da emissão realizada pelo Estado

- Município de São Paulo (SP)
Wagner Baptista Ramos, ex-coordenador da Dívida Pública da prefeitura, é apontado como o cabeça do esquema, que também teria envolvido títulos do município; durante a gestão Paulo Maluf, foi subordinado ao atual prefeito, Celso Pitta; a CPI investiga se Pitta sabia das supostas irregularidades

R$ 947,48 milhões foram emitidos para pagar precatórios em 95 e 96
R$ 10,39 milhões é o prejuízo causado nesse período por operações com títulos do município, inclusive para o pagamento de precatórios, segundo o BC

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