São Paulo, terça-feira, 11 de março de 1997
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É cedo para decidir controle do consumo, afirma Malan

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo está atento aos elevados níveis de consumo de bens duráveis, mas ainda não vê sinais de aquecimento da atividade econômica que justifiquem um novo aperto do crédito -recurso usado em 95 para segurar a demanda e manter a estabilidade de preços do Plano Real.
"O quadro é controvertido. Há setores aquecidos, outros não. No momento, não estamos vendo necessidades de medidas contracionistas, é cedo para o governo se pronunciar a respeito e anunciar medidas. O resto é jogo de palavras", disse o ministro Pedro Malan, da Fazenda, após a posse do novo presidente da ABBC (Associação Brasileira de Bancos Comerciais e Múltiplos), Antonio Carlos Castrucci, do Banco Paulista.
Castrucci criticara, minutos antes, o freio na economia dois anos atrás. Em seu discurso de posse, ele disse que "a crise bancária foi fruto do excessivo aperto da liquidez (retirada de dinheiro de circulação) imputado aos bancos", que sofreram com o consequente aumento dos juros e a crise de inadimplência de pessoas físicas e empresas. O aperto levou à crise que culminou com a quebra de muitos pequenos e grandes bancos.
O ministro retrucou, em seu discurso, que o processo de ajuste da economia e do sistema financeiro ainda não terminou.
"O pior já passou, mas turbulências serão normais. Os bancos terão de continuar seu ajuste interno", frisou Malan.
(MG)

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