São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997
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Médico confirma participação nos trabalhos

ADRIANA BRUNO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O médico-legista Enrico di Vaio, 25, professor adjunto da Faculdade de Medicina da Fundação Lusíada, em Santos (SP), conhecia o legista Badan Palhares havia quatro anos quando participou das investigações sobre a morte de Paulo César Farias.
"Conheci o professor Badan quando era estudante do quarto ano, em palestras que ele dava na Associação Paulista de Medicina, em São Paulo", afirmou Enrico di Vaio.
Quando soube que Badan Palhares havia sido nomeado para comandar as investigações do crime, ocorrido em junho do ano passado, Vaio pediu a ele permissão para acompanhar os trabalhos da sua equipe.
"O professor disse que eu poderia ir, mas que lá em Maceió (AL) as coisas poderiam mudar e eu talvez não pudesse acompanhar tudo", disse.
Acompanhante
Vaio pagou sua passagem aérea e levou o estudante Hyung Kwnon Kim, 25, então no quinto ano da faculdade de Santos.
Kim disse ter custeado a própria viagem à capital alagoana.
"Seria uma grande oportunidade de aprender a profissão. Quando fui convidado, não pude recusar", disse Kim.
Vaio e Kim afirmaram ter participado da perícia feita na casa de praia de Paulo César Farias, em Guaxuma, e da exumação dos corpos de PC e de sua namorada Suzana Marcolino.
"Foi a única vez em que vimos os corpos. Depois, o professor Badan pediu que nos afastássemos", afirmou Vaio.
"Ficamos dois dias em Maceió, aguardando o primeiro vôo para São Paulo. Por coincidência, voltamos no mesmo avião que o professor Badan."
Apreensão
O legista afirmou que teve de prestar depoimento à Polícia Federal para explicar os motivos de sua ida a Maceió.
A Polícia Federal apreendeu quatro filmes do médico, que não foram devolvidos.
"Eram filmes turísticos. Não havia nada das investigações ali", disse Enrico di Vaio.

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