São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Maioria na Câmara de SP é contra CPI
LUIS HENRIQUE AMARAL
Ontem, o líder da bancada do governo na Câmara, vereador Hanna Garib (PPB), afirmou que é contra a instalação da CPI. Ele controla a maioria na Casa. "Só discutiremos essa possibilidade depois que acabar a CPI de Brasília, que é soberana", disse. Para instalar uma CPI na Câmara, é necessário que 28 dos 55 vereadores votem a favor. A oposição, formada pelo PT, PC do B e PSDB, controla apenas 19 votos. Segundo a Folha apurou, a oposição aguarda o surgimento de algum fato novo envolvendo a Prefeitura de São Paulo que crie uma "comoção" na sociedade e gere pressão sobre os governistas para que eles aprovem a CPI. "Contamos com a pressão da sociedade", disse ontem o vereador petista Adriano Diogo. Segundo Garib, se a CPI de Brasília provar alguma irregularidade na prefeitura paulistana, a bancada do PPB "não vai ficar de braços cruzados" e poderá apoiar o pedido da oposição. Para o vereador Miguel Colassuono (PPB), a instalação de uma CPI em São Paulo é "chover no molhado". "Seria armar um palco para o PT aparecer. A investigação técnica está sendo realizada em Brasília", afirmou Colassuono. Convocação Ontem, a Comissão de Finanças da Câmara aprovou a convocação do secretário municipal das Finanças, José Antônio de Freitas, para prestar esclarecimentos. O pedido foi aprovado pela maioria governista na comissão com duas condições. A primeira condição é que a sessão deverá ser secreta. A outra exigência é que o motivo oficial da convocação seja uma prestação de esclarecimentos sobre o Orçamento deste ano. A data do depoimento será escolhida pelo próprio secretário. Segundo Garib, o secretário Freitas só responderá às perguntas da oposição sobre os precatórios "se quiser". Texto Anterior: Fraude atinge outros papéis, diz banqueiro Próximo Texto: Agência do Beron em SP lavou R$ 2 bi Índice |
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