São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Não há motivo para pânico
ANDRÉ LOZANO
No entanto admitem que a situação pode complicar caso o governo federal não agilize a reposição dos estoques estaduais. Segundo o diretor do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, Júlio Cesar de Magalhães Alves, a interrupção da vacina não vai gerar, nesse momento, risco de epidemias. "Hoje contamos com uma boa cobertura de vacinação em anos anteriores -a imunização atinge taxas elevadas. Isso significa que os irmãos mais velhos da criança que eventualmente não for vacinada já foram vacinados, o que diminui a probabilidade de infecções", disse Alves. "Essa suspensão da vacina tríplice não representa um desastre imediato porque a coqueluche não é uma doença mortal de cara. No entanto se essa interrupção passasse de três ou quatro meses, seria necessário a aplicação da vacinas específicas de tétano e de difteria", afirmou o diretor do Instituto Butantan, Isaias Raw. Segundo ele, o instituto fornece 1 milhão de doses de vacina tríplice por mês para o Ministério da Saúde. São Paulo O Centro de Vigilância Epidemiológica determinou ontem a suspensão de 250 mil doses da vacina tríplice no Estado de São Paulo. A medida deve atingir aproximadamente 8.000 crianças por dia. Segundo Alves, o CVE dispõe das vacinas contra tétano e difteria. Alves afirmou que a Secretaria Estadual da Saúde está aguardando resultado de licitação internacional -que deverá ocorrer em menos de um mês- para a compra de 1,5 milhão de doses. "Estas doses são suficiente para, no máximo, três meses, caso o Ministério da Saúde não nos envie novos lotes da vacina tríplice. É uma situação preocupante", afirmou Júlio Alves. Segundo ele, não foi registrado nenhum caso de efeito adverso desse lote de vacina em São Paulo. Texto Anterior: Governo recolhe 3,6 milhões de vacinas Próximo Texto: Entenda o vaivém da vacina tríplice Índice |
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