São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 1997 |
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Programa espera queda
DANIELA FALCÃO
Pelos dados oficiais disponíveis, desde 1994 há queda no número de mortes. "Mas não podemos afirmar com certeza absoluta que essa queda é real porque em muitos Estados a notificação dos óbitos chega com atraso." Segundo Chequer, só é possível fechar o número de mortes em decorrência da Aids oito meses após o término do ano. Para ele, a eventual queda no número de mortes no país não tem relação com a distribuição do coquetel de remédios -a chamada terapia combinada, que incluiu o uso do AZT e ddI, ddC ou 3TC, associados a um inibidor de protease. "A distribuição gratuita só começou a ser feita em dezembro e os efeitos no aumento da sobrevida dos pacientes em decorrência da adoção da terapia combinada só será sentido a partir do meio de 97", disse Chequer. Até novembro do ano passado, o Ministério da Saúde havia recebido notificação de 95 mil doentes de Aids no país, dos quais 46 mil já haviam morrido. Isso significa que 49% dos doentes diagnosticados entre 1980 e 1996 estariam vivos. "Na verdade, fazemos todo nosso trabalho supondo que apenas 40% estejam de fato vivos porque muitas mortes nunca são comunicadas. São Paulo é uma exceção", diz Chequer. (DF) Texto Anterior: Cresce mortalidade entre mulheres mais pobres Próximo Texto: Mortes por Aids caem pela 1ª vez em SP Índice |
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