São Paulo, sexta-feira, 14 de março de 1997
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Restaurantes descobrem nova Faria Lima

EITAN ROSENTHAL
ESPECIAL PARA A FOLHA

Na esteira da nova avenida Faria Lima, uma série de restaurantes abriu as portas na região do Itaim e Vila Olímpia. Caracterizados por instalações amplas em velhos galpões, compartilham de cozinhas honestas e atualizadas e boa relação entre custo e benefício.
O Aoi, por exemplo, dá novos ares à conservadora e ritualística culinária japonesa. Começa propondo vinhos para acompanhar o peixe cru e termina oferecendo tentadora opção de sobremesas -ponto fraco do segmento- incorporadas da moderna cozinha japonesa praticada em Nova York. Um jantar para dois sai, decentemente, por cerca de R$ 60.
No almoço, o restaurante oferece pratos mais pragmáticos, mas ainda interessantes, servidos em sistema de bufê. Custa R$ 18 (mais serviço, com estacionamento incluso) e traz de sushi (salmão, linguado e shitake) a anchova grelhada e tempurá de legumes, passando por combinações surpreendentes como picanha ao molho shoyu vinagrete.
A boa mão para cozinha de Charlô Whately transparece mais uma vez no Trio, casa da qual é sócio e chefe de cozinha. O restaurante lota no almoço, graças ao público fiel de executivos, publicitários e vips que trabalham na região. O bufê com bacalhau, carne seca com quibebe, salmão, anchovas e saladas está cotado em R$ 19,50.
No jantar, o cardápio sugere salada verde com queijo camembert empanado (R$ 12), cuscuz à paulista com camarões e quiabo (R$ 22) e haddock com molho de salsão e dill. Segue uma lista de pratos em que o tédio passa ao largo, como o tortelli de lagosta com purê de mandioquinha e molho cremoso de pesto (R$ 22,50).
O Sherwood, um pouco mais tradicional na ambientação, investiu em qualidade de cozinha com a contratação do chef Pierre de Bellisen. O almoço inclui prato quente, salada, sobremesa, café e couvert e custa R$ 15, mudando a cada dia da semana.
No jantar, pratos com nomes que remetem ao universo de Robin Hood, como o Nottingham (salada de folhas, mussarela e fatias de carne com molho de mostarda) e o Lady Marian (salmão grelhado com molho de agrião).
Já o São Tomé integra em seu espaço um amplo restaurante que, com o avanço das horas, se transforma em clube noturno. Dando tempo, porém, para um jantar em que se destacam as massas e os peixes. Salmão e atum são explorados sob vários prismas: carpaccios, saladas e grelhados executados com seriedade. O gasto por pessoa fica por volta de R$ 35. Aberto neste ano, o São Tomé ainda deve a opção de almoço, passo planejado só para daqui a dois meses.

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