São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 1997
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Um raro prazer

ALEX PERISCINOTO

Pensando nos amantes de charutos, uma agência americana criou dois irreverentes anúncios. Um, antes da foto de um charuto, diz: "Mandar certas pessoas para o inferno não requer, necessariamente, palavras".
O outro anúncio apresenta um cigarro e um charuto. Abaixo do cigarro está escrito: "Depois de uma boa transa"; abaixo do charuto: "Depois de uma ótima transa".
Esses são bons exemplos de como posicionar, de forma inteligente, consumidor e produto. Como proteger a imagem de um produto e de quem o escolheu.
No caso do charuto, não foram poucos os que fizeram essa escolha. Para eles, fumar não é um vício, é um prazer. Charuto é sinal de bom gosto e, principalmente, de inteligência. A tirar pelas celebridades que já o saborearam.
Freud, o pai da psicanálise, e Thomas Edison, que não inventou o charuto, fumavam 20 por dia. Sem falar de Orson Welles, Chaplin, Kennedy. E Churchill, o maior estadista inglês deste século, que tinha um importante aliado nas suas decisões: o charuto.
Inclusive há uma história envolvendo Groucho Marx, que sofreu ameaças da esposa: "Ou ele ou eu". Ao que Groucho respondeu: "OK, meu amor, mas continuaremos bons amigos, tá?"

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