São Paulo, terça-feira, 18 de março de 1997 |
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Procuradoria quer indiciar Nahoum Pedido atinge dono da empresa ADS FÁBIO SANCHEZ
A procuradora Denise Abade, da 4ª Vara Federal, pediu à Polícia Federal, além da abertura de inquérito, o indiciamento dos empresários Fábio e Mauro Nahoum, donos do Banco Vetor, e de Antônio De Salvo, dono da empresa ADS Assessoria de Comunicação. Eles são apontados como suspeitos de tráfico de influência no Senado. A CPI localizou um contrato entre o banco e a empresa no qual a ADS se compromete a "neutralizar"os trabalhos da CPI. Também serão indiciados os donos da Internac, que teria trabalhado em conjunto com a ADS no Senado. O objetivo das empresas era realizar contatos junto a jornalistas e senadores para divulgar informações favoráveis ao banco. A abertura do inquérito foi solicitada ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-SP), logo após a localização do contrato no escritório da ADS em São Paulo. Após a divulgação do contrato, o advogado do banco, Felipe Amodeo, disse que o documento apresentado pela CPI seria falso. A Procuradoria também formou um grupo de quatro procuradores que passará a acompanhar os trabalhos da CPI. Eles pedirão à PF cópias dos depoimentos feitos a pedido da CPI e pretendem acompanhar algumas diligências. Novo depoimento Depôs ontem na PF José Sérgio de Castro Gonçalves, diretor da empresa Brasinca Industrial, destinatária de um cheque de R$ 33 mil de Fausto Solano Pereira, dono da empresa Boa Safra. Gonçalves disse que recebeu o cheque da corretora de câmbio Procap, em pagamento por dólares que seriam sobras de viagem de seus funcionários. A Folha esteve na Procap, onde um funcionário chamado Odair disse que desconhece Gonçalves e a Brasinca e que a Procap nunca se relacionou com Solano. Texto Anterior: Vale abre empresas em paraíso fiscal e realiza 'sonegação legal' Próximo Texto: Governadores dizem que não temem CPI Índice |
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