São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997 |
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A cronologia do pedido de impeachment - 15.dez.95 O Senado aprova resolução que permite ao governo de Alagoas emitir R$ 301,6 milhões em títulos estaduais com o objetivo de pagar precatórios, apesar de restrições manifestadas pelo Banco Central. A operação foi realizada pelo Banco Maxi-Divisa e contou com a participação de Wagner Baptista Ramos, então coordenador da Dívida Pública da Prefeitura de São Paulo - 18.nov.96 O deputado federal Moacyr Andrade (PPB-AL) afirma que portaria que embasou o pedido de emissão era falsa -traria uma assinatura falsa de Fernando Collor de Mello, governador em 89, e o documento não haveria sido publicado no "Diário Oficial" do Estado até junho de 89, limite para os Estados pedirem a emissão de títulos para pagar precatórios - 19.nov.96 Collor nega a existência da portaria que legalizou o pedido de Alagoas para emitir os títulos. No mesmo dia, o governador Divaldo Suruagy (PMDB) admite que o documento era falso, após realizar buscas no arquivo oficial do Estado e nada ter encontrado - 21.nov.96 A Assembléia Legislativa aprova a abertura de CPI para apurar as denúncias. Acaba concluindo que os precatórios listados pelo governo para pedir a emissão dos títulos não existiam, segundo informações do Tribunal de Justiça - 16.jan.97 Governo informa que não pagou precatórios com o dinheiro arrecadado, ao contrário do que prevê a Constituição - 31.jan.97 Incêndio na Assembléia Legislativa destrói documentos coletados pela CPI. Segundo laudo do Corpo de Bombeiros, origem do incêndio teria sido criminosa - 3.fev.97 Relatório final da comissão propõe o impeachment de Suruagy e seu vice, Manoel Gomes de Barros (PTB). Também pede o indiciamento de seis funcionários do governo por crimes de peculato, falsidade ideológica e falsificação de documentos - 5.mar.97 O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Dilmar Camerino, pede a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-secretário da Fazenda José Pereira de Souza e quatro assessores - 18.mar.97 Pedido de impeachment deveria ser analisado pela Assembléia, mas votação acaba sendo adiada para hoje Texto Anterior: Alagoas votará impeachment hoje Próximo Texto: Suruagy nega ser o culpado Índice |
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