São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Defesa de Pitta sobre viagem é incompleta

XICO SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), apresentou ontem explicações e documentos ainda insuficientes para comprovar que bancou a viagem à Europa realizada em companhia da sua mulher, Nicéa, no ano passado.
A iniciativa de Pitta foi uma reação às insinuações de que firmas envolvidas no caso dos precatórios teriam pago as passagens. A informação, atribuída a investigações da CPI, chegou a ser veiculada, sem provas, por emissoras de TV.
"As passagens foram pagas com recursos próprios e tudo foi feito por intermédio da agência de viagens Maringá", disse o prefeito. Segundo Pitta, as insinuações "maldosas" são irresponsáveis e comprometem a seriedade da CPI.
A agência informou que as passagens de Pitta e Nicéa foram solicitadas pelo prefeito. "Tudo foi feito em nome de Celso Pitta e a fatura foi paga no Banco do Brasil, conforme acertado", disse André Cohen, diretor da Maringá.
A agência apresentou ontem cópias dos bilhetes da viagem, recibo da entrega das passagens e um extrato bancário que mostra ter havido um depósito na conta da Maringá no Banco do Brasil. O valor foi de R$ 11.085,96.
Os documentos comprovam que o recibo foi feito em nome de Pitta, a quem caberia efetuar o pagamento, mas apenas com o extrato do banco não se pode afirmar que os bilhetes tenham sido bancados mesmo pelo prefeito.
No extrato consta apenas o registro de um depósito no valor das passagens, mas não registra o autor do pagamento.

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