São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Paubrasil não controlou cheque

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dono da Paubrasil, empresa que arrecadou cerca de US$ 20 milhões para campanhas eleitorais de Paulo Maluf em 90 e 92, o pianista João Carlos Martins diz que não tinha controle sobre cheques dele que beneficiaram a corretora Split.
"Não tenho controle sobre uma pessoa que recebeu um cheque desses e repassou para uma corretora", afirma.
A Split está envolvidas no caso dos precatórios.
Em 93, a Split fez aplicações com cheques da Paubrasil. Um ano antes, ela recebeu quatro cheques, no valor de US$ 330 mil, da Cross Corporation, envolvida no caso PC. O dinheiro saiu da Paubrasil.
A Cross opera no "paraíso fiscal" das Ilhas Virgens Britânicas. Uma segunda empresa com sede naquela ilha e ligada ao escândalo PC-Collor, a Swift Corporation, também recebeu cinco cheques da Paubrasil, no valor de US$ 870 mil.
3.000 cheques
A Folha falou com Martins anteontem, em Miami. Embora ainda esteja se tratando de acidente sofrido em 95, na Bulgária, o pianista viajou à Europa para realizar uma série de concertos.
Martins assinou entre 2.000 a 3.000 cheques com valores que variavam do equivalente a R$ 20,00 a R$ 200 mil.
Alguns caíram na conta de Flávio Maluf, filho de Maluf.
Em depoimento à PF, Martins afirmou ter destinado US$ 2 milhões para Flávio. Depois, disse que foram apenas US$ 400 mil.

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