São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997
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Objetivo é dobrar investimento até 98

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O plano do governo para a saúde pretende dobrar o gasto per capita (por pessoa) anual.
Se a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 169 for aprovada, o investimento público em saúde por pessoa passaria de US$ 89,8 -o gasto registrado em 1996- para R$ 191 em 1998.
Desses R$ 191, viriam do governo federal R$ 125. O restante seria dividido entre Estado e município.
O objetivo do governo federal é elevar em 1998 os gastos públicos com saúde para um total de R$ 31,1 bilhões -que seriam divididos em R$ 20,3 bilhões vindos da União, R$ 6,2 bilhões provenientes dos Estados e R$ 4,6 bilhões, dos municípios.
O investimento em saúde havia diminuído no ano passado, em relação a 1995. Em 95, o gasto total no setor foi de R$ 15,3 bilhões. No ano passado, foi de R$ 14,1 bilhões.
O gasto previsto na área da saúde para este ano é de R$ 20,3 bilhões. O investimento per capita também caiu -em 95, foi de US$ 98,53.
A principal meta do governo é conseguir melhorar o atendimento oferecido a 100 milhões de brasileiros, que, segundo estimativa do próprio Ministério da Saúde, recebem assistência à saúde precária.
Nesse total estão incluídos 10 milhões de brasileiros que não têm nenhum tipo de assistência médica, porque vivem em municípios sem qualquer estrutura de saúde montada.
Os governadores que participaram da reunião de lançamento do plano ontem em Brasília se mostraram receptivos à vinculação orçamentária, embora ainda não haja consenso sobre qual o percentual ideal.
"Muitos Estados estão endividados, mas a saúde tem de ser vista como prioridade. Não acho que haverá oposição dos governadores à PEC 169.", disse Vítor Buaiz, governador do Espírito Santo.

No Brasil,
100 milhões de habitantes têm atendimento de saúde considerado precário, segundo estimativa do governo

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