São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997 |
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Alan Greenspan admite alta dos juros
LUIZ ANTONIO CINTRA
Até ontem, por exemplo, o índice Dow Jones acumulava em março queda de 0,87% com relação ao último dia do mês anterior. Em fevereiro, aliás, o índice já dava sinais de que o ímpeto de alta já havia ficado para trás, registrando no mês alta de apenas 0,95%. Para se ter uma idéia do que significam esses índices, basta lembrar que em janeiro o Dow Jones subiu 5,8%. Segundo analistas, essa instabilidade deve continuar pelo menos até a próxima terça-feira, quando o Federal Reserve, o banco central dos EUA, vai decidir se altera ou não as taxas básicas do mercado. A taxa em questão é a usada pelo Fed nos empréstimos de um dia da instituição a bancos com dificuldades de fechar o caixa. Essa taxa serve de referência para as demais taxas do mercado, ou seja, quando a primeira sobe, as demais tendem a ir atrás. Atualmente ela é de 5,25% ao ano e passaria a ser de 5,50%, no caso de um reajuste para cima, segundo estimativa do mercado. Essa, na verdade, é uma das possibilidades. Outra seria os juros continuarem no nível atual. Greenspan fala Ontem, no entanto, o presidente do Fed, Alan Greenspan, deu novo sinal de que a alta dos juros pode ser considerada uma questão de tempo. Ao menos foi essa a "mensagem" captada pelo mercado. Em depoimento ao Congresso, Greenspan considerou pela primeira vez a possibilidade de mudança dos juros. "Caso decidamos alterar a política monetária, como sabemos de experiências passadas, embora o mercado financeiro reaja imediatamente, os efeitos sobre as pressões inflacionárias só serão sentidos no final deste ano e em 1998", afirmou o presidente do Fed. O resultado, mais uma vez, foi o pessimismo na Bolsa de Nova York, que caiu 0,83% no dia. O mesmo ocorreu em Londres, onde o índice FT 100 recuou 1,7%. A Bovespa foi na contramão, encerrando o dia com alta de 2,4% e recuperando assim parte da perda dos dias anteriores. E-mail: mercado@uol.com.br Texto Anterior: Ásia perde mercado de têxteis Próximo Texto: Crédito rural ganha R$ 3 bi com a CPMF Índice |
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