São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 1997 |
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Mostra resgata a Yoko Ono artista plástica
LUCIA MARTINS
A participação da companheira de Lennon no grupo neo-dadaísta é tema de uma exposição no Royal Festival Hall, em Londres. Pela primeira vez, documentos, fotos, filmes e até objetos de Ono no movimento dos anos 60 são mostrados em uma exibição. "A exposição mostra a contribuição individual de Ono para os anos 60", diz Sophie Cohen, assessora do Royal Festival Hall. O princípio do Fluxus era baseado em "auto-estimulação" -os artistas forçavam a criação uns dos outros. Afirmavam ser "antielitistas e antiinstitucionais". Fundado em 1961 por George Maciunas, o grupo tinha a participação ainda dos artistas Ben Vautier, Nam June Paik e Kate Millet. Ono fez uma série de performances musicais, filmes, esculturas, pinturas, poesia etc. Fazia "concertos" de música experimental e "stripteases imaginários", representando bem o que foram os 60. Um exemplo foi uma apresentação de Ono em 61, em que ela convidou o público para queimar uma tela com cigarros. Em outro show famoso do Fluxus, em 66, Ono voltou a convidar a platéia, mas dessa vez para cortar a sua roupa enquanto ela ficava imóvel. Mas o que deu notoriedade ao grupo foi o quarto filme do movimento, "Bottoms" ("Bundas"). Uma sequência de 365 imagens de bundas causou escândalo na época. O filme e fotos tiradas na filmagem são também mostrados na exposição. As críticas feitas ao movimento na época, como reportagens em jornais e revistas, também estão sendo exibidos na mostra. A exposição no Royal Festival Hall vai até domingo e faz parte de uma série de mostras sobre os anos 60. "The Sixties" (os anos 60) está mostrando a música, a literatura e a arte daquela década. "Yoko Ono and Fluxus" fica até domingo no Royal Festival Hall (South Bank, Londres, SE1, tel. 0044-171-960-4242), das 10h às 22h30; entrada franca. Texto Anterior: O futuro se faz com a fala ministerial: 'Doravante...' Próximo Texto: Wahrol aparece como nunca foi visto Índice |
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