São Paulo, sábado, 22 de março de 1997
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Dólar volta a bater o teto da minibanda

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central precisou realizar ontem mais um leilão de venda de dólar comercial para atender a demanda e esfriar o mercado que estava negociando a moeda norte-americana a R$ 1,0615 -o teto da minibanda de variação.
Foi o terceiro dia na semana que o BC usou esse expediente, depois do reajuste de 0,28% da minibanda promovido pela instituição.
Segundo operadores, a principal explicação para a falta de dólares se deve ao fato de exportadores de peso estarem adiando a venda de moeda norte-americana na expectativa de alta das cotações.
"Alguns investidores estão esperando a decisão do Fed sobre os juros para depois decidir o que fazer", afirmou Franco, que esteve ontem em São Paulo.
Segundo ele, no entanto, os efeitos dessa alta dos juros norte-americanos deve ser pequeno para o país. "O risco de crédito do Brasil está melhorando e vai compensar a alta."
O fato é que o balanço financeiro de entrada e saída de dólares do país apresentou déficit ontem pelo terceiro dia consecutivo.
Segundo Franco, o ajuste de 0,28% realizado pelo BC na segunda não significa mudança nas correções mensais da minibanda, que continuarão na faixa de 0,6%.
Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York viveu ontem mais um dia de grande instabilidade, apesar de ter iniciado o pregão mais otimista que nos dias anteriores.
O mercado estava ontem ainda sob o efeito das declarações do dia anterior do presidente do banco central dos EUA, Alan Greenspan.
Segundo o mercado, os juros básicos da economia norte-americana devem subir na terça-feira de 5,25% ao ano para 5,50%.
Além desse fato, a forte queda de dois papéis -Kodak e Philip Morris- contribuiu para o desempenho ruim do Dow Jones no dia.
No caso da Kodak, a queda das cotações se deu porque as vendas nos meses de janeiro e fevereiro ficaram abaixo do esperado.
No final do dia, o Dow Jones registrava queda de 0,23% com relação ao dia anterior.

E-mail: mercado@uol.com.br

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