São Paulo, sábado, 22 de março de 1997 |
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Carlinhos Brown teatraliza percussão
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Sua apresentação foi uma homenagem a Canudos. Com canos de PVC, tonéis de plástico e outros instrumentos parecidos, Brown e mais seis percussionistas simulavam barulho de canhão, tiros de fuzil e metralhadora. A performance contou ainda com duas rezadeiras, um violonista e seu Vavá -pai da cantora Daúde-, que tocou saxofone de óculos escuros e cueca branca com notas de dinheiro na cintura. Reunindo o resto dos convidados no palco, Brown fechou a noite do festival com todos os participantes dançando juntos. Com 3h45 de duração, quase o dobro do esperado, o espetáculo acabou cansando a platéia. Na segunda metade da apresentação de Carlinhos Brown, o público começou a deixar o teatro Castro Alves, onde o festival acontece. Apenas Caetano Veloso cumpriu o tempo determinado previamente. Ficou apenas cerca de 20 minutos no palco. O mais aplaudido da noite, Caetano foi recebido no palco por Edith do Prato. Cantou "Minha Voz, Minha Vida" com Edith, que deu o acompanhamento rítmico raspando sua faca na louça. Gilberto Gil, no violão, e Naná Vasconcelos, no djembé (tambor africano), se juntaram aos dois para interpretarem "Boas Vindas". Mas o público vibrou mais com Gil e Caetano cantando "Beleza Pura" acompanhados de sete meninas da banda Didá. Hoje, dia de encerramento do Percpan 97, todos os participantes estarão presentes. Também está prevista a participação do norte-americano Savion Glover, que não chegou a tempo de se apresentar ontem à noite. O jornalista Luiz Antônio Ryff viaja a convite da organização do festival. Texto Anterior: "Do Fundo do Lago Escuro" exibe hipocrisia familiar Próximo Texto: Porto-riquenho toca 'Abusou' Índice |
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