São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 1997 |
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Jô e o poder
NELSON DE SÁ
Era só o começo. Jô Soares entrevistou Toninho Malvadeza e tornou a malvadeza em qualidade. Acomodando a frase de "Passageiro, Profissão Repórter", as perguntas revelaram muito mais sobre Jô Soares do que as respostas, sobre ACM. Exemplo: - Antonio Carlos, eu sei que você tomou uma série de medidas mudando práticas estabelecidas. Conta um pouco o que são e que reações aconteceram. Antonio Carlos? E mudando práticas estabelecidas? E enfrentando reações? Com a primeira questão, ACM desatou a elogiar-se a si mesmo. Não vale repetir. Outra pergunta -depois da observação de que ACM "mora lá no centro do poder" e da insinuação sobre a presença, presente e futura, do mesmo no Palácio do Planalto: - Quem manda mais no Brasil, Fernando Henrique ou Antonio Carlos? ACM disse que era FHC. Jô, rindo para o público: - É de uma modéstia... E outra: - Você acha que o povo baiano gosta mais do Toninho Malvadeza ou do Toninho Ternura? - Dos dois. - A mistura dos dois! E ri... e chega ao cume: - Antonio Carlos, você falou do amor que o povo baiano tem por você, e a gente sente isso. Você tem admiradores nas mais diferentes correntes. Uma ocasião eu estive em Salvador e o Castro Alves estava em reforma. Estive com você e lamentei, e você, "mas vai ficar, está tendo isso, ar condicionado, não sei o quê". Você sabia de cor tudo o que seria feito e como seria. Era pelo fato de ser o Castro Alves ou você cuida detalhadamente de todas as obras? Como no "Passageiro", as perguntas revelam mais. Texto Anterior: Filha de malufista monta som da F-1 Próximo Texto: A bicicleta do BC caiu Índice |
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