São Paulo, terça-feira, 1 de abril de 1997![]() |
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Ex-prefeito nega, mas segue investigação passo a passo
MARTA AVANCINI
O celular, alugado especialmente para a viagem, é usado para tornar mais ágil o contato de Maluf com sua assessoria no Brasil. Em entrevista à Folha anteontem, Maluf havia dito que não estava acompanhando com detalhes o andamento das investigações sobre o caso dos precatórios. Na tarde de ontem, a Folha acompanhou o ex-prefeito durante cerca de uma hora no hotel Plaza Athénée, onde ele está hospedado. Nesse período, Maluf usou o telefone celular quatro vezes. Ele telefonou para Adilson Laranjeira (seu assessor de imprensa), Newton Mendonça e um jornalista em Londres (Reino Unido). Ainda recebeu ligação de sua mulher, Sylvia. As conversas com os assessores que foram presenciadas giraram em torno de notícias publicadas pela imprensa brasileira e de seu partido, o PPB. Maluf tem acesso ao material publicado nos jornais brasileiros por meio de um "clipping" (seleção de reportagens) que é enviado diariamente a ele. "O Adilson (assessor de Maluf) me manda as reportagens por fax", admitiu ontem. Ontem, o ex-prefeito recebeu o noticiário sobre a CPI publicado na Folha e em outros jornais. O material, com cerca de 30 páginas, foi enviado ao hotel. "Estou em férias, o que é importante para eu me reciclar, mas minha mente continua sintonizada com o Brasil", disse Maluf. A estratégia vem sendo utilizada desde que Maluf deixou o país, no último dia 5. Desde então, ele já realizou uma viagem pela Borgonha (região central da França), foi a Londres e passou dez dias nos Emirados Árabes a convite do governo local. Até o final da semana, Maluf deve ficar em Paris, onde passa o tempo visitando lojas e frequentando restaurantes, sempre acompanhado de sua mulher. Na manhã de ontem, o casal visitou lojas de antiguidade e o Carrossel do Louvre, um complexo comercial anexo ao museu do Louvre. Maluf disse que a viagem também serve para que tenha idéias de projetos que possam vir a ser implantados no Brasil. Entre elas, está a implantação de um sistema de tombamento de prédios históricos semelhante ao existente na França. Texto Anterior: Maluf diz que contas foram aprovadas Próximo Texto: FHC não votou emissões, diz porta-voz Índice |
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