São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997
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Lixeiros de São Paulo encerram greve

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos lixeiros de São Paulo, Osasco, Embu e ABCD, deflagrada ontem às 5h, não durou nem um dia. Numa assembléia no final da tarde, os lixeiros aceitaram a contraproposta do Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana do Estado de São Paulo).
Na contraproposta, o sindicato das empresas manteve o reajuste salarial da categoria em 8,98%, mas aumentou o reajuste dos tíquetes-refeição e dos tíquetes-alimentação de 1,45% para 11,11%. Com o acordo, o salário dos varredores passou para R$ 278,12.
Segundo os lixeiros, que fizeram piquetes na frente das empresas que fazem limpeza na capital paulista, a greve teve adesão de cerca de 80% da categoria. O Selur estimou a adesão à greve em no máximo 50%.
"Foi uma conquista expressiva", disse José Moacir Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo.
Inicialmente, o sindicato dos lixeiros, que reúne cerca de 12 mil trabalhadores, exigia um reajuste salarial de 20% e diminuição da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, além de convênio médico gratuito e aumento de 100% na hora extra.
Antes de os lixeiros aceitarem a contraproposta, o Selur informou que tinha entrado na Justiça, para discutir o índice de reajuste da categoria.
Por acreditar que a Justiça não lhe daria um reajuste maior do que o oferecido pela contraproposta, o sindicato dos lixeiros preferiu fechar logo um acordo.
Segundo Pereira, o sindicato dos lixeiros não tinha sido notificado da ação na Justiça até o final da tarde de ontem.
"Ninguém está conseguindo reajustes superiores a 9% em brigas judiciais", disse Pereira.

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