São Paulo, quarta-feira, 2 de abril de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Batalha vencida
ELCIO ALVARES Só inflação controlada não basta. O país precisa de mais ações positivas na área econômica, e o presidente Fernando Henrique Cardoso tem consciência disso. Daí a necessidade de aprovar as reformas constitucionais, o que é premente.Vencida a batalha pela reeleição na Câmara e no Senado, devemos acelerar o debate sobre as reformas da Previdência Social, administrativa e tributária e outras matérias de urgente interesse da nação. O governo quer fechar o ciclo das reformas da Constituição, dar velocidade ao programa de privatizações e garantir a conclusão das 42 obras do Plano de Metas, lançado em agosto do ano passado. Por meio do projeto Brasil em Ação, serão investidos R$ 4,6 bilhões somente para obras em ferrovias, rodovias, hidrovias e portos, inclusive o do Espírito Santo. Também para este ano é prevista a construção do gasoduto Brasil-Bolívia, com 3.000 km2 de tubulação. Ao contrário do que muitos afirmaram, o governo não ficou de braços cruzados enquanto o Congresso Nacional discutia e votava a emenda da reeleição. As dificuldades que as oposições estão encontrando para vencer o governo ocorrem porque hoje existe no país um governo sério e que funciona. O triunfo do governo Fernando Henrique na primeira batalha da reeleição tem origem no apoio popular de que o presidente desfruta e na capacidade política do próprio governo. Ações sociais estão sendo implementadas mesmo. E desde o início do governo. São direcionadas para as regiões mais carentes do Brasil. A má distribuição de renda está sendo enfrentada com eficiência e paciência. O número de pobres nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu de 16,3 milhões, em julho de 1994, para 11,3 milhões, em janeiro de 1996. Com isso, a proporção de pobres no conjunto dessas cidades caiu de 42,2%, em julho de 94, para 28,7%, em janeiro de 96. A mortalidade infantil também caiu 28,4% no ano passado. A cesta básica vem apresentando elevação sistemática. A queda da inflação permitiu até melhoria das condições de crédito. O governo atua firme na área social. Mas muito ainda será feito. Manter a estabilidade econômica foi o primeiro passo. Agora temos que completar as reformas para que o presidente tenha mais condições de governar. A reeleição traz governabilidade. E a expectativa para o Brasil -inclusive avaliada por investidores internacionais- é a de que vamos progredir nos próximos seis anos muito mais do que nas últimas décadas. E com certeza diminuir nossas diferenças sociais. Texto Anterior: Precatórios e responsabilidades Próximo Texto: Cenas de violência; Correção; Reserva de vagas; Produto raro; Precatórios; Respeito Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |