São Paulo, quinta-feira, 3 de abril de 1997 |
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Santa Casa suspende uso de soro no interior de São Paulo
DA FOLHA RIBEIRÃO A Santa Casa de Igarapava (450 km a norte de São Paulo) suspendeu a aplicação de um lote de soro proveniente do laboratório Sanobiol.Fungos Segundo o farmacêutico responsável do hospital de Igarapava, Allan Ferreira de Paula, foram encontrados dentro dos frascos de soro elementos que são formados quando há o contato do medicamento com fungos e bactérias. "Se o soro tivesse sido usado, teria provocado septicemia (infecção generalizada). Isso pode levar à morte", afirmou ele. A Vigilância Sanitária de Franca (401 km a norte de São Paulo) encaminhou o soro para análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. O farmacêutico afirma que o medicamento é utilizado principalmente em recém-nascidos para reposição de glicose. O consumo médio de soro do hospital, o único da cidade, é de 40 frascos de 250 ml por mês. Antes de colocar o soro em uso, ele afirma ter feito uma inspeção visual no medicamento. "Notei as alterações no soro na primeira inspeção", disse ele. O farmacêutico afirmou que está sendo utilizado soro de outro lote do mesmo laboratório. "No exame que fizemos, esse lote não apresentou problemas. Apesar disso, alertamos os médicos para usarem o soro apenas em último caso", afirmou. Sanobiol A reportagem da Folha entrou em contato com o laboratório Sanobiol, mas não recebeu retorno até o início da noite de ontem. Segundo o farmacêutico, a Santa Casa teve um problema com o soro do laboratório Glicolabor em agosto do ano passado. "Na ocasião, mudamos de fornecedor", afirmou ele. Texto Anterior: Matéria-prima é analisada Próximo Texto: Produto usado em diálise pode ter causado mortes em Santos Índice |
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