São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 1997 |
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Novos Baianos se reúnem para homenagear Galvão Baby, Moraes, Paulinho e Pepeu tocam em lançamento de livro PEDRO ALEXANDRE SANCHES
A linha de frente esteve toda lá: Moraes Moreira cantou "Acabou Chorare", Baby do Brasil cantou "A Menina Dança", Paulinho Boca de Cantor cantou "Swing de Campo Grande", Pepeu Gomes fez solo de guitarra em "Um Bilhete pra Didi". Galvão, enquanto isso, só dançava. Como foi o poeta do grupo, não tinha muito a fazer no show. Antes da entrada do velho grupo, no entanto, ele apresentou sua nova banda, ainda sem nome oficial. Constituído quase só de jovens, o conjunto deu aula de amadorismo. Cada músico foi para um lado, o samba-rock inventado pelos NB se confundiu com o reggae-gafieira do Skank, Galvão declamou perdido como cego em tiroteio. Tudo parecia improvisado, o que até poderia ser uma desculpa. Mas logo em seguida os velhos baianos entraram para apresentação tão confusa quanto -e desta vez a bagunça até funcionou, como por inércia. Baby deu show de voz e empatia; Pepeu deu lição de virtuose à guitarra; Moraes, macaco velho, deu show de profissionalismo. No mais, foram muitos tropeços. Paulinho Boca, talvez nervoso, errou as letras; o convidado Arnaldo Antunes injetou raiva gratuita nos NB, gritando a antes cândida "Mistério do Planeta"; Chico César, convidado a subir, vagou a esmo por um palco já entulhado de gente. E, já no final, Moraes confirmou a tensão que parecia pairar dando uma de mandão e inserindo sucessos do seu repertório particular no final do show. Muito se tem falado da volta do velho conjunto, e isso anteontem pareceu estar resultando em pressão sobre suas cabeças. Talvez já não seja tempo de ser assim. (PAS) Texto Anterior: Coreógrafo é referência para dança, mas deixa saudade dos tempos áureos Próximo Texto: Aussies tomam cerveja de trás para diante Índice |
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