São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Governista não teme demissão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A possibilidade de demissão de funcionários públicos estáveis -aberta com a reforma administrativa- não levará à demissão em massa de servidores que já detêm atualmente estabilidade no emprego, segundo avaliação feita ontem por líderes governistas.
"A reforma vai pegar primeiro quem entrou pela janela nos cargos públicos e dificilmente atingirá quem fez concurso", disse ontem o líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE).
"No universo de estáveis, aqueles que tiverem desempenho satisfatório estão preservados", disse o relator da reforma, deputado Moreira Franco (PMDB-RJ).
Todos os servidores contratados antes de 5 de outubro de 1983 têm estabilidade garantida, na União, nos Estados e nos municípios.
As demissões de funcionários atingirão primeiro aqueles que ocupam cargos de confiança.
Estados e municípios que gastam mais de 60% da arrecadação com a folha de salários terão de cortar, pelo menos, 20% desses funcionários. Se o corte não for suficiente, o alvo passa a ser os servidores sem estabilidade. A União tem cerca de 55 mil servidores nesse grupo.
Demissões de servidores que ocupam cargos de confiança e de servidores não estáveis podem ser feitas imediatamente após a aprovação da reforma administrativa.
Já a demissão de servidores estáveis dependerá de regras a serem definidas em lei, disse Moreira Franco. "É pouco provável que eles sejam atingidos", afirmou.

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