São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Pitta diz que 'perseguição' acirra racismo
FRANCISCO CÂMPERA
"Por ser da comunidade negra, reaviva aquele sentimento que é esquecido, que é escamoteado, que é sempre deixado em segundo plano, que é a discriminação nesse país", disse o prefeito. A declaração foi feita após reunião com o secretariado, durante manifestação a favor do prefeito. A maioria dos participantes era de movimentos negros. Ciro Nascimento, da Frente Afro-Brasileira contra a Discriminação, um dos organizadores da manifestação, acredita que Pitta está sendo "perseguido" por preconceito racial. Cerca de mil pessoas se aglomeraram em frente à prefeitura para se manifestar em favor de Pitta. O prefeito disse que a afirmação de que ele estaria sendo perseguido por racismo é também do cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns."Essa afirmação é de uma pessoa isenta e branca", disse Pitta. O cardeal afirmou há três semanas que o prefeito estava sendo condenado sem julgamento por ser negro. "Honestidade" Para Celso Pitta, além do racismo, a "perseguição" também é política. "Nunca na história deste país se viu uma perseguição igual à que estão fazendo contra mim, nem na época da ditadura militar", disse durante o discurso para os manifestantes. O prefeito voltou a reclamar de que não está tendo chance de se defender. Também criticou o fato de que foi o única político que teve o sigilo bancário quebrado pela CPI. Mesmo assim, Pitta acha que a quebra de seu sigilo vai revelar à população sua "honestidade". Texto Anterior: Não há prova contra Maluf, diz Requião Próximo Texto: Entidades apóiam o prefeito Índice |
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