São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Erundina lidera ato pró-CPI
CARLOS EDUARDO ALVES
Erundina foi a oradora mais aplaudida no ato público que reuniu cerca de 1.500 pessoas em frente à Câmara. Depois, liderou uma passeata até a sede da prefeitura (região central). Lá, partidários da ex-prefeita queimaram faixas de apoio a Pitta que estavam estendidas em postes. Em discurso em tom de candidata, Erundina disse que seria a prefeita de São Paulo hoje se o Banco Central não tivesse sido "omisso" durante a eleição municipal, quando surgiram as primeiras denúncias sobre precatórios. Erundina foi mais longe, quando pessoas que estavam em gabinetes da Câmara jogaram sacos com água nos manifestantes. "Eu vou levar água limpa para tirar a sujeira dos gabinetes do prefeito e da Câmara", gritou. O ato teve basicamente a presença de políticos do PT e PC do B. A exceção ficou com o deputado federal José Aristodemo Pinotti (PMDB), candidato derrotado na última eleição paulistana. "Não pertenço ao PMDB que faz acordo safado com Maluf e Pitta", afirmou Pinotti. Os vereadores peemedebistas são contra a criação da CPI. O padre Júlio Lancellotti surpreendeu os organizadores ao falar em nome de d. Paulo Evaristo Arns, cardeal-arcebispo de São Paulo, e pedir uma CPI local para investigar Pitta. Em entrevista recente, Arns defendeu Pitta. "Ele (Arns) pediu para que desse em seu nome o apoio à CPI. O cardeal não quer é condenar sem investigar", declarou Lancellotti. No trajeto da Câmara até a prefeitura, Erundina entusiasmou-se e cantou alguns dos refrões ofensivos a Pitta. Os manifestantes não puderam entrar e queimaram faixas de apoio ao atual prefeito. Texto Anterior: Entidades apóiam o prefeito Próximo Texto: Renê nega conhecer Fausto Solano Índice |
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