São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Tranquilidade
NELSON DE SÁ
A frase de Roberto Requião, ontem à tarde, veio acompanhada de um riso fraco, inconvincente. O relator falava, em busca de aliados, aos que vão deixando ou já deixaram de acreditar na CPI. Os quais tornaram-se muitos mais, pouco depois, quando foi anunciada a suspensão, pelo Supremo, da quebra do sigilo de um dos envolvidos no caso. Uma decisão "estranha", no dizer do SBT. O próprio relator ressurgiu em seguida, agora mais "intranquilo", para dizer que os telefonemas de Pedro Neiva seriam precisamente a "chave" do escândalo dos precatórios. ACM também reclamou, mas de leve, sem declarações bombásticas -sendo ele o iniciador do esforço de repressão da CPI. A sensação entre os mais aguerridos integrantes da comissão, segundo descrição da CBN, é de impotência e frustração. O âncora Boris Casoy já pode ir juntando esta CPI àquela dos empreiteiros, na relação dos débitos do Congresso Nacional. * Ninguém está mais "tranquilo" do que Celso Pitta, com o ocaso da CPI. Na cerimônia que fez para "marcar" os seus cem dias de governo, tratou de atacar Requião: - Irresponsável... Mais importante, questionou na entrevista às redes de televisão os próprios achados da comissão: - A CPI não comprovou prejuízo nenhum nas operações municipais. Não respondeu à pergunta maior: Para onde foram os US$ 600 milhões desviados nas operações? Enfraquecida no Legislativo e no Judiciário, esquecida pelo Executivo, a CPI é alvo fácil. * O Jornal Nacional deu editorial contra, com Cid Moreira. O Jornal da Band foi além e deu os telefones dos responsáveis pelo acordo que garante os salários dos congressistas. Para quem não aguentar ficar calado. Texto Anterior: CPI tenta identificar lobby Próximo Texto: Contrato da CPTM pode ser investigado Índice |
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