São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Contrato da CPTM pode ser investigado

PT fará pedido à Procuradoria

FÁBIO SANCHEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado estadual José Baccarin, líder do PT na Assembléia paulista, entra hoje com representação no Ministério Público Estadual pedindo investigação de vários contratos feitos pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) desde outubro.
O pedido se baseia em auditoria do Tribunal de Contas do Estado que apontou irregularidades nos contratos. Eles somam R$ 176,5 milhões e foram firmados em caráter emergencial -sem licitação.
"São muito fortes as evidências de que há superfaturamento e de que não era necessário dispensar as licitações", disse Baccarin. A assessoria da liderança do PT também estuda medidas que possibilitem a suspensão dos contratos.
A CPTM -que pertence ao governo estadual- realizou os contratos em caráter emergencial após a depredação de 9 das 91 estações e 28 de seus 910 vagões nos dias 30 de setembro e 14 e 16 de outubro. A maioria das obras não tem relação com os locais depredados.
O TCE apontou superfaturamento em vários contratos. A contratação de 406 postos de segurança, por exemplo, foi feita por R$ 8,50 por homem/hora, contra R$ 4,50 de contratos anteriores.
Quatro empresas beneficiadas pelos contratos -Camargo Corrêa, CBPO, Inepar e Power- pertencem a grupos que colaboraram, juntos, com R$ 1,05 milhão para a campanha que elegeu Mário Covas governador.

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