São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997
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Ato faz porto de Santos ficar parado por 2 horas

Mil estivadores se reúnem na praça Mauá

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Um ato público, organizado pelos sindicatos de trabalhadores avulsos do porto de Santos (SP), reuniu ontem mil pessoas na praça Mauá (centro de Santos), segundo os organizadores -350, segundo a Polícia Militar.
Estivadores e demais categorias de avulsos paralisaram o trabalho no porto entre 17h e 19h em razão do ato.
Desde o dia 2 deste mês, os trabalhadores mantêm ocupados dois navios no terminal privativo da Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista), no porto de Santos.
A ocupação foi motivada pela decisão da empresa de usar os próprios funcionários no embarque e desembarque de cargas, em vez de requisitar mão-de-obra avulsa.
A assessoria de comunicação da Cosipa informou ontem que em alguns dias -não especificou quantos- haverá paralisação da produção caso a siderúrgica não receba matéria-prima.
A empresa também não informou o prejuízo que está sofrendo devido ao movimento dos avulsos.
Os dois navios ocupados, Marcos Dias (brasileiro) e Vancouver (bandeira de Malta), não conseguiram desembarcar 43 mil toneladas de minério de ferro e 46,6 mil de carvão, respectivamente.
Ontem, com a chegada do Marianic C (Chipre), já são quatro os navios ancorados na barra à espera de atracação no terminal da Cosipa, que tem cinco vagas.
O Marianic C chegou para embarcar 10,5 mil toneladas de produtos siderúrgicos destinados à exportação.
Os outros três navios que aguardam atracação farão operações de desembarque de matéria-prima para a siderúrgica funcionar.
São o Rio Trombetas (brasileiro, 52 mil toneladas de minério de ferro), Norsul Tubarão (brasileiro, 28 mil de minério) e Kosice (Malta, 38,2 mil de carvão).
A Cosipa tenta garantir na Justiça o cumprimento da ordem do juiz da 2ª Vara do Fórum de Cubatão (SP), Mário Roberto Negreiros Velloso, que concedeu liminar à empresa determinando a desocupação dos navios por forças da Polícia Militar ou do Exército.
Ontem, a juíza Maria Aparecida Pellegrina, do TRT de São Paulo, determinou a expedição de mandado para que a Polícia Federal faça a desocupação dos navios que estão ocupados pelos estivadores.

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