São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 1997 |
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Só falta boa comida à informalidade do Giallo
JOSIMAR MELO
O Giallo está muito bem localizado, numa área com um alto pé-direito e bom espaço para suas 35 mesas. A decoração mistura estilos, mas mantém tudo enquadrado em tons de amarelo ("giallo", em italiano). Ele foi criado por Fabricio Foresti, que era proprietário do bar Musetta, que funcionava no mesmo ponto, e por sua mulher, Anna Carolina, que vem do ramo de panificação. O cardápio tem uma alentada seção de sanduíches, que respondem melhor pela proposta de garantir uma alimentação rápida e descompromissada. Como antepasto, há opções que podem valer a pena. É o caso da bruschetta, a tradicional fatia de pão italiano com coberturas variadas. O pão, numa grossa rodela, vem recoberto com tomate fresco e azeite de oliva e, sobre estes, duas opções: queijo brie e rúcula, ou mozzarella e manjericão. Os problemas começam na hora dos pratos principais. Nada parece dar muito certo nesse capítulo. Os próprios garçons procuram direcionar os pedidos, como se inseguros dos resultados de alguns dos pratos. Esforço inútil, pois mesmo os pratos recomendados foram decepcionantes. Os cappelletti de espinafre tinham gosto amargo. O tagliarine mediterrâneo (com molho supostamente de tomate fresco) não parecia ter frescor. O filé mignon ao molho de mostarda era mais palatável, embora nem por isso apaixonante. Na última visita, poucas sobremesas estavam disponíveis. A que sobrava era de frutas cobertas por licor de cassis, pouco expressiva. Só o tempo dirá se o Giallo será capaz de superar tantas lacunas. Texto Anterior: A "fusion" em SP Próximo Texto: Só come goiaba boa quem mora perto do pé Índice |
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