São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tucano critica Fiesp, mas evita apoiar acordo

WILLIAM FRANÇA
DO ENVIADO ESPECIAL A BOA VISTA (RR)

O secretário-geral do PSDB, deputado Arthur Virgílio (AM), criticou ontem a Fiesp, chamando a federação de "entidade fantástica": "(A Fiesp) teve empenho no golpe militar de 64 e nem sempre teve empenho na distribuição da riqueza do país. O empenho nosso (governo) é completo e é total".
O ataque de Virgílio foi uma resposta às críticas do presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, ao acordo feito pelo governo com os deputados para aprovação da reforma administrativa, publicadas ontem pela Folha.
O deputado disse que o governo tem "necessidade da reforma administrativa" assim como tem "necessidade da reforma da mentalidade dos empresários".
Em Boa Vista, onde ficou quatro horas e meia em companhia do presidente da Venezuela, Rafael Caldera, o presidente Fernando Henrique Cardoso se recusou a falar com os jornalistas.
Apenas o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, falou sobre a reforma: "O empenho pessoal do presidente na reforma administrativa é conhecido. A posição dele de crítica a qualquer exceção ao teto também é conhecida, portanto, fica-se um pouco sem entender a razão dessas críticas (da Fiesp)".
Apesar de criticar a Fiesp, Virgílio não endossa o acordo. O deputado afirmou que "falta lógica" à emenda que permite o acúmulo de aposentadoria e salário para quem ocupa cargo transitório. O acordo, disse, "não é defensável politicamente, porque não é palatável para a nação".

Texto Anterior: Senadores reagem contra o extrateto
Próximo Texto: Entenda a polêmica do teto de remuneração
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.