São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997 |
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Presidente é vaiado em Boa Vista em manifestação da CUT Comitiva de Fernando Henrique passou longe dos manifestantes WILLIAM FRANÇA
O esquema de deslocamento do ônibus que conduzia FHC e o seu colega da Venezuela, Rafael Caldera, fez o trajeto sempre por ruas vazias ou distantes das manifestações. O momento de maior aproximação do presidente com os roraimenses foi quando ele acenou para um grupo de estudantes -ainda assim, a cerca de 20 metros de distância. Esta foi a primeira visita de Fernando Henrique a Roraima. Ele ficou quatro horas e meia na capital, Boa Vista. FHC não viu, por exemplo, que cerca de cem índios de quatro tribos -macuxi, igaricó, uapixana e tauarepan-, pintados de luto, passaram quase todo o tempo cantando em tom de lamento e afirmando que há falta de uma efetiva demarcação de terras indígenas. Segundo a Polícia Militar, havia cerca de 1.500 pessoas na praça Cívica (centro administrativo de Boa Vista), mas pouco mais de 200 eram manifestantes. A PM, que não registrou incidentes, tinha 150 homens na segurança -no dia-a-dia, o efetivo da capital de Roraima é de 112. Na chegada, Fernando Henrique desceu do avião presidencial vestindo camisa de mangas curtas. Depois, colocou um paletó para receber Rafael Caldera. O presidente da Venezuela, ao ver seu colega brasileiro vestido informalmente, tirou a gravata ainda na pista do aeroporto, antes de cumprimentar FHC. Texto Anterior: Os destaques que poderão ser votados Próximo Texto: Nova hidrovia no rio Madeira deve baratear o custo da soja brasileira Índice |
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