São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Policiais militares presos por orgia em quartel vão ser soltos

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 12 policiais militares acusados de praticar orgias nas dependências da 2ª Companhia do 26º Batalhão da PM (Mairiporã, na Grande São Paulo) serão soltos até amanhã. Os 12 estavam cumprindo prisão temporária no presídio Romão Gomes, zona norte.
Os policiais foram presos na semana passada, após três garotas, moradoras de Mairiporã, denunciarem terem sido forçadas a manter relações sexuais com eles.
Os envolvidos são os sargentos Cícero Jair Gaviolli e Vicenzo Rizzuto Neto, os cabos Antonio Carlos de Oliveira, Ariovaldo Aparecido Maurício e Célio Gomes, os soldados Marcos Antonio da Silva Pereira, Agenor de Souza Aquino, Paulo Cezar Machado, Greisson Carlos Moreira, Jonas Antonio dos Santos, um PM, soldado, identificado apenas por Nunes, e um outro policial do 7º Batalhão (centro de São Paulo).
Segundo as primeiras denúncias, as festas, regadas a bebida e sexo, aconteciam havia cerca de um ano, em quase todas as noites em que os acusados estavam de plantão. Existem fotos, anexadas ao inquérito, com cenas de sexo oral e de PMs seminus, fardados, dentro da companhia. As fotos foram tiradas por G.A.L.B., 16.
Os policiais serão soltos, segundo o promotor Gilberto Nonaka, do TJM (Tribunal de Justiça Militar), por determinação do presidente do inquérito militar, major Marcos Alberto Balbino. Nem Nonaka nem Balbino reuniram elementos para solicitar a prisão preventiva dos acusados.
Um dos motivos que enfraqueceram as investigações foi o fato de G.A.L.B. e Adriana Félix, 22, que inicialmente fizeram as denúncias, terem voltado atrás, afirmando que nunca foram forçadas pelos policiais. Segundo Nonaka, a princípio, parte dos PMs só será denunciada por atos de libidinagem.

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