São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997
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Processo pode ter 95 testemunhas

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL

O processo que apura as agressões cometidas por policiais militares em Diadema pode ter até 95 testemunhas, segundo a juíza Maria da Conceição Pinto Vendeiro. Por lei, cada acusado pode ter oito testemunhas e a acusação, mais 15.
Em entrevista concedida ontem, Maria da Conceição e o promotor José Carlos Blat não comentaram os depoimentos dados pelos policiais.
Maria da Conceição disse que os policiais acusados que não quiseram depor ontem poderão ter outra chance de se manifestar.
"Existe preceito constitucional que dá a eles o direito de permanecerem calados. Se a juíza quiser, pode marcar novo interrogatório para eles, mas eles podem ficar calados de novo, se quiserem."
A juíza afirmou que pretende terminar a fase de interrogatórios no prazo previsto de 81 dias, mas não arriscou uma data para um possível julgamento.
O próximo passo do processo é ouvir as testemunhas de acusação, cujos depoimentos começam a ser tomados a partir da próxima sexta-feira, no Fórum de Diadema.
Depois de terminada a acusação, serão intimadas a depor as testemunhas de defesa. Só depois de ouvidas as testemunhas e apresentadas outras provas (laudos, armas e outras) é que a juíza decidirá pela pronúncia (apresentação dos acusados para o júri popular) ou não.
O promotor Blat disse que a partir de agora só irá se manifestar por meio do processo e não concederá entrevistas.
(RV)

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