São Paulo, sábado, 12 de abril de 1997 |
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Na França, alvo são produtos até US$ 10
MARTA AVANCINI
Segundo pesquisa do Centro de Pesquisa Sociológica sobre Direito e Instituições Penais, cerca de 33% dos produtos furtados em supermercados ficam dentro dessa faixa de preço. Os dados, confirmados pela assessoria da Federação das Empresas do Comércio e da Distribuição, foram colhidos por meio de questionário respondido por 410 proprietários. A pesquisa constatou que, conforme aumenta o valor dos produtos, há tendência de redução do número e mudança das características dos furtos. Os produtos com valor superior a US$ 200 representam 2% do total e, em alguns casos, os furtos são praticados em conivência com funcionários das lojas, dizem os entrevistados. Já no caso dos produtos que custam menos de US$ 10, os furtos costumam ser praticados por consumidores. Os donos de supermercados consideram os furtos parte do cotidiano das lojas. Segundo a pesquisa, 88% deles afirmam que os furtos são frequentes. Em segundo lugar vem o consumo de alimentos dentro das lojas, considerado uma ocorrência comum para 66% deles. Os produtos alimentícios e para o lar são mais furtados nos supermercados franceses. O restante ocorre nas seções de produtos frescos, têxteis e eletrodomésticos. No que se refere ao perfil de quem pratica o furto, o estudo afirma que a grande maioria deles -65%- é praticada por pessoas com menos de 30 anos. Uma a cada quatro lojas pesquisadas não tem serviço de proteção específico para evitar furtos. De acordo com os entrevistados, há apenas um sistema de vigilância informal. Nos casos em que o furto é constatado, as atitudes variam conforme o comportamento da pessoa que é flagrada. Texto Anterior: Nos EUA, cigarros são os "preferidos" Próximo Texto: Cosipa e estivadores não fecham acordo Índice |
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