São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Só 2 cidades não recebem MST

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os participantes do braço marcha que saiu de São Paulo -que reúne sem-terra dos Estados do região Sul- só não foram recebidos por dois prefeitos durante os 85 dias de caminhada: os de Pirassununga e Orlândia, ambas em São Paulo.
Em Pirassununga há uma base aérea que serve de treinamento para a Aeronáutica. "Por isso não fomos recebidos. Já em Orlândia, o problema foi diferente. Lá é terra de grandes proprietários", disse Francisco Dal Chiavon, da direção nacional do MST e um dos coordenadores da marcha.
Ontem, antes de chegar ao Distrito Federal, os sem-terra almoçaram em Valparaízo (GO). Comeram carne, frango, feijão e arroz preparados pela melhor churrascaria local. Quem pagou foi a prefeitura, que gastou cerca de R$ 2.500 com 850 pratos-feitos.
O prefeito de Valparaízo, José Pessoa, é do PSD -que em Goiás é coligado ao PMDB. Mesmo assim, Pessoa não se importou em dar apoio aos sem-terra nem de discursar ao lado do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
"Esse é um movimento político-social, não é partidário. Se não houver reforma agrária, todo mundo vai ficar prejudicado", disse Pessoa. Em Luziânia (GO) -onde os sem-terra almoçaram na segunda-feira-, também foi a prefeitura que cedeu os 370 kg de carne que viraram churrasco para os 850 andarilhos.

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