São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997 |
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OAB move ação contra venda
SILVANA DE FREITAS
A entidade conclamou ontem a sociedade a promover um movimento contra a venda da Vale e está comparando essa iniciativa à mobilização pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. "Temos que dar as mãos a organizações não-governamentais, outra vez, para tentar impedir esse verdadeiro crime que se tenta cometer contra o país", disse o ex-ministro do STF Evandro Lins e Silva, 86, em nome da OAB. O presidente Fernando Henrique Cardoso foi criticado por Lins e Silva e pelo advogado Paulo Bonavides, que leu manifesto redigido em 7 de março contra supostos abusos praticados pelo governo, durante "ato cívico" na sede da OAB do Distrito Federal. "Nesse manifesto, afigura-se a profecia do colapso de uma ditadura constitucional que, a meu ver, há de cair no ano vindouro (em 98 haverá eleição)", disse Bonavides. Segundo Lins e Silva, o movimento seria integrado por entidades civis como a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Ele afirmou que a venda da Vale será "um desastre" e permitirá a internacionalização da Amazônia, porque o Brasil perderá "a sua parte mais rica e promissora". Segundo ele, "a globalização é apelido do neocolonialismo". Cerca de cem advogados participaram do "ato cívico" e, depois, da caminhada pela Esplanada dos Ministérios, até o prédio do STF. Informações O presidente Fernando Henrique Cardoso tem até o dia 23 para enviar informações ao STF sobre o processo de venda da Vale. O pedido foi feito pelo ministro Carlos Velloso, relator de um mandado de segurança ajuizado por dois advogados contra a venda. Texto Anterior: CSN consegue atrair 6 fundos de pensão Próximo Texto: Maluf tenta evitar tiroteio voltando à Eucatex Índice |
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