São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 1997
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Estado inicia sábado concessão da Castelo

RODRIGO VERGARA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria de Estado dos Transportes de São Paulo prevê para outubro o início das obras de duplicação da rodovia Raposo Tavares (SP-270) e de construção de vias marginais para a Castelo Branco (SP-280).
As obras serão realizadas por uma empresa privada, que vencer a concorrência para concessão das rodovias. A licitação deve ser aberta no próximo sábado, quando será publicado o edital.
A empresa vencedora terá dois anos para concluir as marginais da Castelo, entre São Paulo e Barueri. Para a duplicação da Raposo Tavares, entre São Roque e Araçoiaba da Serra, o prazo é de quatro anos.
Essas são as obras principais. Além delas, o vencedor terá que construir acessos e passarelas nas cidades situadas ao longo das estradas e construir vias marginais para a Raposo em dois trechos (veja quadro abaixo).
Terá ainda que fazer manutenção das pistas, implantar serviços de socorro mecânico e médico e instalar equipamentos eletrônicos de coleta de pedágio.
O total de investimentos nas duas rodovias é orçado pela secretaria em R$ 600 milhões, distribuídos por 20 anos, que é o prazo de validade do edital. Para operar o sistema, a empresa pagará ainda uma espécie de "aluguel" ao DER.
Nesse período, a empresa vencedora ficará com a arrecadação das praças de pedágio existentes e as que forem implantadas futuramente.
Traçado
A Raposo deverá ser duplicada também entre Cotia e São Roque, mas essa obra será feita pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), que passará o trecho duplicado à administração da empresa vencedora da concorrência.
Esse trecho foi excluído do edital para não atrasar toda a licitação. Isso porque a Raposo Tavares atravessa as áreas urbanas de Cotia e São Roque e não há espaço para a duplicação.
Assim, a solução escolhida foi fazer um novo traçado, passando por fora das duas cidades, em área de matas, o que exige estudos de impacto ambiental, entre outros. Essa pesquisa, segundo a secretaria, demorará cerca de um ano.
"Se esse trecho fosse mantido no edital, atrasaria toda a concessão", afirma Luiz Carlos David, superintendente do DER.
Anhanguera-Bandeirantes
Depois de derrubar liminar que suspendeu o processo de concessão do sistema Anhanguera-Bandeirantes, a secretaria realiza, amanhã, a pré-qualificação.
Ao todo, 29 empresas compraram o edital da licitação. Amanhã, deverão apresentar documentos mostrando que cumprem os requisitos técnicos e legais.

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