São Paulo, sábado, 19 de abril de 1997
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Recuperação do acervo está paralisada

EDER CHIODETTO
DA REDAÇÃO

Durante um século, as 25 mil imagens da coleção do imperador ficaram esquecidas. Empilhadas em caixas na Biblioteca Nacional, foram acondicionadas em péssimas condições e sem qualquer estudo sobre seu valor histórico.
Em 1989, o hoje chefe da Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional, Joaquim Marçal Ferreira de Andrade, 39, também curador da exposição, criou o Profoto (Projeto de Preservação e Conservação do Acervo Fotográfico) e, com o patrocínio da Fundação Banco do Brasil, começou a recuperar as imagens da coleção.
Além da recuperação de imagens deterioradas, havia uma equipe incumbida de resgatar seus dados históricos. Foi desenvolvido um software para a catalogação e indexação das fotos. Hoje a IFLA (Federação Internacional das Associações de Bibliotecas e Instituições), que normatiza a área de biblioteconomia em escala mundial, considera esse trabalho como referência de qualidade.
Em 1994, a Fundação Banco do Brasil encerrou o patrocínio e os trabalhos do Profoto foram paralisados. Foram recuperadas entre 6.000 e 7.000 fotos. Faltam cerca de 18 mil da coleção do imperador, mais 15 mil fotos que compõem o restante do acervo da biblioteca.
Marçal e sua equipe elaboraram projeto prevendo a recuperação do restante do acervo. Será necessário um investimento de R$ 600 mil. A fundação estuda a possibilidade de voltar a patrocinar o Profoto. (EC)

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