São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 1997
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Gravadora aposta em novos talentos

CARLOS CALADO
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM HAVANA

Na contramão de outros selos instalados hoje em Cuba, que disputam os astros mais conhecidos, o selo Magic Music tem conseguido resultados notáveis apostando na nova geração.
Sediada em Barcelona, na Espanha, a Magic Music instalou-se em Cuba em 1994, um ano depois de sua fundação.
A estratégia da empresa já era nítida quando começou seu elenco. Músicos jovens, como o salseiro Paulito FG, a banda Charanga Habanera e a cantora Lucrecia, foram os primeiros contratados.
"Achamos que seria melhor iniciar com artistas que ainda não tinham uma imagem internacional formada. Alguns não eram conhecidos nem mesmo nacionalmente", diz a musicóloga Cari Diez, representante do selo em Cuba.
Um cuidado especial com as capas dos discos e com o visual dos artistas contribuiu diretamente para o sucesso dos primeiros lançamentos, apoiados por um pesado investimento na promoção e divulgação dos produtos.
"A música cubana tem um grande conteúdo, mas era mal vestida. Geralmente, as capas não eram atraentes. Não se via o disco como um produto", diz Cari Diez.
Outras sacada do selo foi a descoberta da dupla Los Angelitos Negros, sucesso instantâneo na Espanha, com sua mistura de pop, rap, soul, gospel e boleros. "Eles tocavam música tradicional, para os turistas da Bodeguita del Medio, com o nome de Union Changuicera. O presidente do selo os ouviu, e ali mesmo nasceu a idéia dos Angelitos Negros", diz ela.
Mais ambiciosa é a série "La Isla de la Musica: Nuevas Joyas de la Música Cubana" que promete lançar 41 CDs de artistas novos, cobrindo todos os gêneros da música cubana.
(CC)

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