São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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Múltis preferem parcerias

DA REPORTAGEM LOCAL

O processo de globalização no setor de bebidas possui uma característica que o distingue do que tem ocorrido em outros ramos da economia.
A internacionalização das indústrias instaladas no país tem se dado não pela venda do controle a grandes empresas multinacionais, mas por meio de parcerias.
A Brahma, por exemplo, conta com a norte-americana Miller como parceira.
Assim, no último verão, a Brahma importou cervejas produzidas pela Miller nos EUA, para atender a demanda do mercado nacional.
E nos meses em que o consumo de cerveja cai no Brasil, normalmente entre abril e setembro, a Brahma pode produzir para a Miller vender no mercado norte-americano.
Já a Antarctica tem parceria com a Budweiser, que segue o modelo Brahma/Miller.
Isso porque o custo de construção seria muito elevado, estimado em aproximadamente US$ 40 por litro, diz Melo.
"As multinacionais não têm interesse porque não há mercado. Elas preferem fazer acordos para fixar suas marcas no país", avalia.
Reajustes reais
Estudo realizado pelo Lloyds Bank estima que o setor de bebidas brasileiro é bastante competitivo comparado às indústrias multinacionais. Com isso, pouco foi afetado pela abertura da economia.
Se para o investidor isso pode ser positivo, para o consumidor o efeito é perverso: as indústrias conseguiram reajustes reais de preços. De 90 a 95, subiram 38% acima da inflação.

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