São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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Grandes redes pretendem aumentar venda de roupas

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As cadeias de varejo estão em pleno movimento para estimular no Brasil um hábito bastante comum nos Estados Unidos e na Europa: a compra de roupas e acessórios em lojas de departamento.
Diretores da C&A, Lojas Americanas, Mesbla e Wal-Mart ouvidos pela Folha acreditam que o mercado de confecção ainda está em fase de reestruturação por conta da concorrência com os importados e do Plano Real.
Para eles, o boom de demanda por eletroeletrônicos acabou e, agora, é a vez das confecções.
Nova estratégia
Para aproveitar este momento, todas têm novas estratégias para aumentar a venda. Vale até buscar executivos experientes na concorrência.
A Lojas Americanas, por exemplo, acaba de trazer da C&A cinco executivos -que têm 12 anos, em média, de experiência no ramo. Motivo: reestruturar a sua seção de vestuário, que hoje participa com cerca de 20% do faturamento da rede, de US$ 2,5 bilhões em 1996.
"Queremos ser os campeões na venda de peças básicas", diz Luiz Meisler, diretor comercial.
A meta da Americanas, que tem 106 lojas no país, é fazer com que a linha de vestuário participe com 30% da sua receita.
A C&A, cadeia de varejo com 57 lojas que mais vende roupas no Brasil, está melhorando a qualidade dos artigos e investindo em treinamento dos funcionários.
A norte-americana Wal-Mart aposta na qualidade das roupas e nas marcas próprias para conquistar a fidelidade dos consumidores. A expectativa da rede é aumentar de 15% a 20% a participação do vestuário no seu faturamento.
Vendas melhores
A concordatária Mesbla, que está sendo reestruturada pelo Banco Pactual, aguarda a definição do seu novo controlador para deslanchar planos de aumento de vendas. A Marisa, rede especializada em confecção, vai informatizar suas 133 lojas até o final do ano. Uma loja recém-inaugurada no shopping Market Place será modelo para a modernização da rede.
Marcio Goldfarb, diretor-presidente, diz que a venda de roupas melhorou a partir de fevereiro, quando começou a cair o consumo de eletroeletrônicos.

LEIA MAIS sobre lojas de departamento na pág. 2-10

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