São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997 |
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Divída sem fim
JUCA KFOURI Nesta terça-feira o Flamengo se reúne a apresenta as contas do ano passado.Só de juros e multas das divídas fiscais e previdenciárias, e sem contar a divída principal acumulada nos anos anteriores, a Gávea deve ao país mais R$ 7,5 milhões referentes a 1996. Eis aí um bom exemplo de clube a ser sensibilizado para apoiar o projeto que visa a transformar os clubes em empresas, principalmente se houver uma adequada proposta de renegociação de suas dívidas. Ou, em caso contrário, que venha a ser executado naquilo que deve, como aconteceria com você, comigo, com quem quer que seja. Até quando o Estado brasileiro continuará a subsidiar o negócio do futebol? Romário vai, Romário vem, Bebeto vem, Bebeto vai, e quem paga somos nós. Basta? * Paulo Russo é uma pessoa séria e de bem. José Carlos Brunoro já tem um lugar na história da modernização do nosso futebol. Se Márcio Papa vier a ser nomeado vice-presidente de futebol do Palmeiras, algo que tinha cerrada oposição de Brunoro, na base do ou eu ou ele, será sinal de que a vida de Russo será ruça. * O governador Mário Covas avisa que apenas pediu à FPF um bom jogo para o imperador Akihito do Japão poder ver em São Paulo. A decisão de fazer deste jogo a final do Paulistão é da FPF, mesmo com prejuízo dos clubes que cederão jogadores à seleção. Prova de que é saudável mesmo ficar longe da FPF, que, sem limites para alimentar sua briga com a CBF, é capaz até de envolver governadores e imperadores. * É eticamente inaceitável que Mário Sérgio continue a trabalhar na Rede Record. * Djalminha jogou demais e, além de fazer seu gol, deu mais três para que o Palmeiras vencesse a Briosa por um placar enganoso. Dodô também jogou muito e, além de fazer três gols, foi beneficiado pelo espertíssimo Aristizabal, que bancou o homem invisível para roubar a bola do distraído goleiro Edervan e abrir a estripitosa goleada do tricolor sobre o Juventus. Mas só mesmo a disputa entre Lusa e Santos motiva a ainda longa reta final deste interminável Paulistão. Que teve o gol cem de Marcelinho numa jogo que não fez jus à reabertura do Pacaembu Texto Anterior: Gol de Marcelinho sugeriu festa que não houve Próximo Texto: Falta de criatividade marca jogo de Corinthians e Lusa Índice |
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