São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 1997
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Flávio de Souza faz leitura de "Saudades de Sião" na Folha

DA REDAÇÃO

Dramaturgo participa de ciclo 'Leituras de Teatro'

Flávio de Souza faz leitura de "Saudades de Sião" na Folha
O dramaturgo e roteirista do programa "Sai de Baixo", da Rede Globo, Flávio de Souza, 41, mostrará sua peça "Saudades de Sião", hoje, às 19h30, em uma leitura no auditório da Folha (al. Barão de Limeira, 425, 9º andar, Campos Elíseos, região central). Os interessados devem fazer reservas pelo telefone (011) 224-3473 entre 14h e 17h.
Definida pelo autor como uma comédia dramática, "Saudades de Sião" integra o ciclo de "Leituras de Teatro", realizado na última terça-feira de cada mês e que apresenta leituras de peças inéditas.
"É a história de dois irmãos siameses que são separados e um deles acaba morrendo", explica Souza. "É legal fazer leitura de peça, porque assim ela está meio montada. Dá para ter uma noção do que escrevi", afirma ele, que participou da leitura de "O Último Capítulo" no início dos 90. "Foi um pouco frustrante, porque deu vontade de ver ela encenada."
"Saudades de Sião" foi escrita no início do ano passado, em apenas uma semana. "Sem pressão sai fácil", afirma Souza, que não sabe apontar a fonte de inspiração da peça. "A maioria das minhas peças vem do nada. Nesse caso, a primeira coisa que veio à mente foi o nome. Depois, comecei a escrever sem saber do que se tratava."
"A peça tem uma forma bem esquisita. É meio maluca", diz Souza, que encarnará um dos dois personagens de "Saudades de Sião". Apesar de ter apenas dois personagens, três atores participarão da leitura. Elias Andreato fará o segundo personagem, e Regina Galdino lerá as "explicações de pé de página". "Eu coloquei muitas rubricas porque a peça é muito complicada", avisa Souza. Segundo ele, há uma peça dentro da peça e alguns cortes cronológicos.
Inicialmente, apenas Andreato e Souza participariam da leitura. Mas o autor mudou de idéia e chamou Regina. "A gente leu primeiro sem a Regina lendo as rubricas e o Elias não entendeu metade. Depois que ela entrou, ficou mais claro até para mim", ri Souza.
Ele não vê muitas coincidências em escrever peças de teatro e escrever para o teleteatro do "Sai de Baixo". "O programa é muito específico. São aqueles atores, aquele cenário, aquele tempo, aquelas interrupções. E existe a obrigação de ser superengraçado, o que é o pior de tudo. No teatro, os atores se encaixam no personagem. No 'Sai de Baixo' é o contrário. A gente tem que escrever para eles", diz.
"Estaria mentindo se dissesse que adoro escrever 'Sai de Baixo'. Adoro o salário. Mas é interessante. É melhor do que trabalhar em um banco", diz.

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