São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 1997 |
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Belém ganha refinaria para palma
DA REPORTAGEM LOCAL Está em fase de testes há duas semanas primeira refinaria de óleo de palma do Brasil em Belém (PA).A Companhia Refinadora da Amazônia (CRA), do grupo Agropalma, ligado ao Conglomerado Financeiro Real, deve entrar em pleno funcionamento no próximo mês. Inicialmente a previsão é processar 120 t de óleo de palma por dia. Foram investidos US$ 7 milhões pelo grupo. Outros US$ 13 milhões estão previstos para a segunda etapa do projeto, que dobrará a capacidade de produção. Instalada em uma área de 84.000 2, a CRA é pioneira no uso de Packed Column, tecnologia empregada na desodorização do óleo de palma a baixa temperatura, mantendo a qualidade do produto. O óleo de palma bruto gerado pela agroindústria será transformado em oleína, usada e envasada como óleo de cozinha, e estearina, que entra na fabricação de margarinas, gorduras, cosméticos e sabonetes. O Conglomerado Financeiro Real investiu US$ 90 milhões desde 82 em palma. Suas plantações representam 40% da produção nacional do óleo, com 16 mil ha de palmares no município de Tailândia (a 150 km de Belém). Segundo a empresa, o Brasil tem a maior área favorável para o cultivo de palma de dendê do mundo, mas ainda é pequeno produtor no setor de óleos. São 45 mil ha plantados, com um potencial de 60 milhões de ha. O maior produtor de óleo de dendê do mundo é a Malásia, país com um terço de extensão do Estado do Pará, com produção de mais de 8 milhões de t em 2,3 milhões de ha plantados. Estima-se que a demanda de óleo de palma no Brasil seja de 450 mil t por ano. A produção interna é de 95 mil t, sendo 38 mil t exportados. Agrovilas As empresas do Grupo Agropalma tem cerca de 800 trabalhadores que trabalham 12 meses por ano, devido a produção ininterrupta da palma. Os funcionários e suas famílias moram em agrovilas com 200 casas, que comportam cerca de 2.500 pessoas. Todas as unidades têm luz, água e esgoto, segundo o grupo. Outro benefício é uma comissão de produtividade concedida aos cortadores de cachos de palma, além do salário fixo. Os funcionários também contam com escola gratuita, refeição subsidiada e assistência médica. Texto Anterior: Pará investe em criações alternativas Próximo Texto: Palma tem o maior rendimento entre oleaginosas Índice |
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