São Paulo, terça-feira, 29 de abril de 1997
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Banco nega as acusações

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de imprensa do Bradesco informou ontem que o banco não vai comentar as acusações feitas por Edson Ferreira em depoimento à Polícia Federal.
À CPI dos Precatórios, na semana passada, o diretor do Bradesco Katsumi Kihara afirmou que Ferreira não era intermediário entre o banco e a Paper.
A suposta ligação entre o banco e a Paper foi levantada à CPI por Augusto César Falcão Queiroz, diretor da distribuidora Arjel (antiga Paper).
Ele disse que é "praticamente um 'broker' (operador) do Bradesco" na área de títulos públicos.
A acusação também foi contestada pelo vice-presidente executivo do Bradesco, Ageo Silva, em entrevista à Folha na sexta-feira. "Ele nunca nos representou para comprar papéis no mercado. Ele nos procurou porque carregamos uma carteira volumosa", disse.
O dirigente do Bradesco lembrou ainda que "Ferreira deixou o banco em 1983 e passou por diversas outras instituições antes de entrar na Paper". Para ele, essa acusação "só pode caber na cabeça de uma pessoa muito tacanha".
Silva ainda afirmou ser possível que uma corretora só compre títulos da prefeitura depois de saber que o Bradesco os recompraria.
Segundo ele, a Paper só comprava da prefeitura depois de ter a confirmação do Bradesco de que o banco recompraria os títulos. "Isso é frequente. As pessoas trabalham com um telefone no ouvido direito e outro no esquerdo."

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