São Paulo, quinta-feira, 1 de maio de 1997 |
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Barros assume articulações
DA SUCURSAL DO RIO O ministro do Planejamento, Antonio Kandir, e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luiz Carlos Mendonça de Barros, trocaram de papéis durante a tentativa de barrar as ações judiciais contra o leilão da Vale.Mendonça de Barros ganhou maior destaque como porta-voz do governo anteontem e ontem, sendo o responsável pela principal declaração oficial do governo sobre a luta para realizar o leilão. Enquanto Mendonça de Barros ficou em Brasília, Kandir, seu superior hierárquico, transferiu-se para a sede do BNDES, no Rio. Segundo a Folha apurou, foram duas as principais razões para a troca. A primeira, é que Mendonça de Barros, pelo fato de não ser ministro de Estado, teria maior facilidade de negociar com os advogados da Advocacia Geral da União e com os desembargadores do STJ (Superior Tribunal de Justiça). A segunda, é que, por estar acompanhando mais de perto o dia-a-dia da privatização da Vale, Mendonça de Barros teria maiores condições de argumentar tecnicamente com as partes envolvidas. A presença de Kandir em Brasília tiraria a agilidade das negociações. Cada vez que fosse ao STJ, haveria muita visibilidade. Mendonça de Barros poderia fazer lobby a favor dos recursos apresentados pelo governo sem esse problema. Texto Anterior: BNDES faz crítica a 'looping' de liminares Próximo Texto: Manifesto deu origem a ação popular Índice |
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